No ano passado uma nova categoria surgiu no automobilismo paulista, trata-se da Opala 250. Fomos até Interlagos acompanhar de pertinho uma bateria dos antigos da Chevrolet. Segundo o regulamento, são admitidos os modelos Coupé, 4 portas e Caravan de qualquer ano de fabricação. O carro das fotos é um modelo coupé da década de 80.
Originalmente, o motor 250 tinha potencia que variava entre 120 a 140 cavalos. Porém, em 1974 a Chevrolet desenvolveu o modelo 250 S, com respeitáveis 170 cavalos. Na categoria, o regulamento permite bloco do motor 6 cilindros ou da pick-up Silverado 4.1 litros e somente o uso do cabeçote do Opala 6 cilindros número de serie final 831.
Assim como qualquer categoria de automobilismo, o regulamento é bem claro aos itens de segurança. É obrigatório cintos de segurança de 5 pontos, extintor de incêndio de 4 kg de pó químico e santo antônio reforçado. Dutos de combustíveis jamais poderão passar por dentro do veículo.
Além dos itens de seguraça, são regulamentados a carroceria, dimensões e peso, embreagem, escapamento, sistema de arrefecimento, combustível, lubrificação, sistema elétrico, suspensão, freios e pneus. Como exemplo, no artigo que trata sobre a transmissão há uma tabela com relação de marcha para cada tipo de cambio utilizado, desde que seja o permitido pela categoria.
O interior, além do santo antônio já citado, é parecido como qualquer carro de corrida que se preze: depenado. Apenas o banco, cinto de segurança, volante, um pequeno painel com alguns mostradores, chave geral no lugar do console central e piloto. Por falar em banco, é necessário os do tipo concha com apoio de cabeça, fixados por trilhos homologados pela FIA.
Os veículos deverão estar de acordo com todos os artigos e parágrafos do Anexo “J” do regulamento da FIA, assim como seus boletins e anexos, tudo à disposição na Federação de Automobilismo de São Paulo Automobilismo de São Paulo – FASP. Após as corridas os carros são vistoriados pelos comissários para garantir uma competição justa e igual a todos os competidores.
É bom saber que o automobilismo raiz ainda se mantém vivo mesmo com os avanços tecnológicos que norteiam a industria automobilística. Desde que as coisas sejam feitas com transparência, organizaçao e segurança o passado tem tudo para manter seu espaço dentre as principais categorias mundo a fora. É importante saber onde estamos, sabendo de onde viemos.
Para maiores informações, acesse o site da FASP, clicando aqui.
Gabriel Kavalieris
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